top of page

SÉRIE | Winston Churchill: O Guardião da Civilização – Nós Lutaremos até o Fim! (04 Jun, 1940)

Foto do escritor: Marcus L L ChagasMarcus L L Chagas

Atualizado: 8 de set. de 2020

No primeiro artigo desta série, foram apresentadas a contextualização histórica e uma breve análise acerca do primeiro pronunciamento oficial de Churchill, como Primeiro Ministro: o discurso de 13 de Maio de 1940, que ficou conhecido como Sangue, Suor, e Lágrimas. Dando continuidade à série “Winston Churchill: O Guardião da Civilização”, neste artigo, será trabalhado o discurso mais importante, e mais fundamental, de Churchill durante toda a difícil campanha da Segunda Guerra Mundial. Por meio deste discurso, proferido no dia 04 de Junho de 1940, poucos dias após assumir o cargo, Churchill não apenas consolidou seu planejamento para a Política Externa Britânica e sua percepção de “Interesse Nacional” no meio político Britânico, mas também, e principalmente, fundamentou e imbuiu em toda a nação o espírito de resistência e a coragem que sustentariam a sobrevivência – do Reino Unido, e, consequentemente, de todo o Mundo Livre – pelos próximos meses e anos.


Com a Bélgica e a Holanda rendidas, ao final de maio de 1940, a França se encontrava encurralada, com todo o seu território a norte, leste e nordeste ocupado por tropas nazistas muito mais numerosas que as forças aliadas, e que avançavam rapidamente, destruindo e saqueando toda a resistência que encontrava (em termos civis e militares) por seu caminho. Neste contexto, todo o exército profissional britânico estava compondo a Força Expedicionária Britânica/British Expeditionary Force (BEF), que lutava no território francês e era obrigada a recuar para o noroeste da França, incapaz de deter uma força nazista mais de duas vezes o seu tamanho. Flanqueada em Dunkirk, no litoral norte da França, e separada do território britânico por pouco mais de 40 km de oceano no Canal Inglês, a BEF estava cercada, em total desamparo, incapaz de contra-atacar, e com poucos suprimentos. Assim, os mais de 300,000 britânicos ficaram na região costeira de Dunkirk esperando por uma retirada, muito improvável, para a Inglaterra. Por outro lado, embora a aviação britânica com a Royal Air Force fosse bastante letal e possuísse superioridade tecnológica (com radares de longo alcance e caças de superioridade aérea), o número de aeronaves disponíveis para utilização em combate não era suficiente para arriscá-las na França e, ao mesmo tempo, manter a superioridade e o domínio aéreo na região das Ilhas Britânicas. Assim, a Luftwaffe já dominava o espaço aéreo francês, sobretudo no litoral, realizando constantes ataques às forças britânicas e francesas remanescentes nas regiões de Dunkirk e Calais, e frustrando quaisquer tentativas de contra-ataque aéreo ou de retirada naval.


No tocante ao mar, embora a Royal Navy detivesse a hegemonia no Canal Inglês e exercesse significativo controle no Mediterrâneo, no Mar do Norte, No Atlântico Norte e em diversas áreas do globo - por meio do Império Britânico e da Frota Britânica; a marinha se encontrava engessada no tocante às necessidades das tropas no continente, uma vez que sofria constantes ataques aéreos da Luftwaffe, guardava posições estratégicas do espaço marítimo, caçava submarinos nazistas e estava impedida de se aproximar da costa francesa devido às baterias de artilharia nazistas. Assim, com praticamente as três forças engessadas, o avanço nazista era a preocupação principal do Governo Britânico, uma vez que, se aniquilado ou capturado todo o seu exército profissional, seria virtualmente impossível resistir a uma invasão nazista.

Neste contexto, Churchill começa a enfrentar uma crescente pressão no Gabinete de Guerra, para que o Governo mudasse sua estratégia de política externa, e iniciasse negociações de paz com a Alemanha. Churchill, obviamente contrário à proposição - em sua percepção considerada ingênua, absurda e irrealista - começa a entrar em uma série de atritos com o Gabinete e percebe que, se elevadas as tensões, poderia acabar sendo submetido a uma moção de não-confiança – o que, provavelmente, o tiraria do governo e condenaria a posição britânica na guerra e no Sistema Internacional para sempre. Assim, durante cinco dias - de 24 a 28 de Maio - o Gabinete e Churchill ficam em constante conflito, com Halifax e Chamberlain pressionando para que Churchill, diante da inevitável derrota em Dunkirk e Calais, indicasse a Hitler a intenção do governo em iniciar conversas - mediadas pela Itália - para a confecção e um termo de paz. Apesar de todas as dificuldades e da evidente e definitiva derrota que a BEF sofreria nos dias seguintes, Churchill relutava com toda sua força em conceder tal permissão, uma vez que, observando o passado histórico do trato com Hitler, era muito pouco provável que a Alemanha não exigisse ao Reino Unido termos absurdos - como o desarmamento britânico, a concessão das bases navais e a transferência de colônias estratégicas – no processo de paz, e ainda mais improvável que Hitler cumprisse os termos acordados e respeitasse a independência e a soberania do Reino Unido e dos aliados.


Enquanto discutia com o Gabinete, após ter auxílio militar-logístico negado pelos americanos (Roosevelt)[1], Churchill ordena à Royal Navy que requisite – em nome do esforço de guerra – todas as embarcações privadas existentes no país que fossem capazes de transportar soldados de Dunkirk até a costa inglesa. Uma vez que a marinha de guerra do Reino Unido estava impossibilitada de auxiliar a retirada e se fazia um alvo muito fácil para minas, submarinos e aeronaves, Churchill arquiteta uma operação secreta a partir do centro de Operações da Marinha no Castelo de Dover, com o comando do Almirante Ramsey, com o objetivo de realizar a retirada do maior número possível de soldados das praias francesas. A Operação Dynamo começa então a ser preparada. Sem ter a certeza do sucesso da solicitação de embarcações ou da efetividade do plano, Churchill mantém detalhes da operação com pouca notoriedade, até ser iniciada.


No dia 26, Churchill autorizara o início da Operação Dynamo, após a Royal Navy ter conseguido mais de 800 embarcações civis para incorporar em sua frota de resgate. Com o início da Operação Dynamo, as atividades Britânicas e Alemãs no Canal Inglês se intensificaram muito. Com a proteção de 43 Destroyers do Império Britânico (que também recebiam tropas em retirada em alto mar), a atuação de mais de 800 navios civis e da Royal Air Force, a Batalha de Dunkirk, uma batalha pela evacuação e sobrevivência das tropas em cerco, teve início e se estendeu até o dia 04 de junho do mesmo ano. Durante este período, intensas batalhas foram travadas sobre o litoral francês e o canal, por via aérea e via naval, uma vez que os alemães dispunham da Luftwaffe e de algumas embarcações que penetrassem a segurança do canal para frustrar o retorno da BEF.

A estimativa mais otimista prevista ao início da operação orientava que seria possível, com sorte, resgatar apenas 30,000 soldados na janela de oportunidade que tinham, enquanto forças francesas seguravam o avanço das tropas alemãs na periferia de Dunkirk. Contudo, graças ao trabalho incessante de voluntários civis e de membros das forças armadas, o Reino Unido conseguiu, após a última travessia de resgate – graças à segurança proporcionada pelos caças da Royal Air Force – resgatar mais de 335,000 soldados britânicos e franceses - um número muito próximo à totalidade de tropas cercadas em Dunkirk. Assim, no dia 04 de Junho de 1940, praticamente toda a BEF havia retornado em segurança para a Inglaterra, garantindo ao Reino Unido um contingente suficiente, bem treinado e bem equipado, para defender o seu território de uma futura tentativa de invasão nazista. Neste último dia de operações da Dynamo, Churchill proferiu à House of Commons o que seria o seu discurso mais fundamental para o esforço de guerra, e que conferiria a ele uma base de apoio (civil e militar), na sociedade e no Parlamento, quase que inabalável. Neste discurso, Churchill teve a inspiração e a sensibilidade necessárias para anunciar uma grande tragédia - a perda da França e o fracasso da BEF no continente - em tons de esperança e força.


A partir deste discurso, Churchill consegue, de modo bastante decisivo, uma vitória crucial na política doméstica, ao se mostrar capaz, não apenas de sensibilizar uma grande maioria da população diante da precária (mas, agora, sustentável) situação do país na guerra, mas também, e principalmente, de conquistar o apoio sólido de uma absoluta maioria de Membros do Parlamento para seu projeto de Política Externa e sua percepção de “Interesse Nacional”. Embora já existisse no Parlamento uma percepção de que a guerra era uma realidade incontornável, o Reino Unido, até este momento, ainda não havia se inserido em uma estrutura de Guerra Total - como queria Churchill - e, devido à situação da BEF em Dunkirk, havia, até o momento, grande dúvida acerca da capacidade real do país de se manter em uma posição na qual ainda fosse viável alguma chance de vitória, e também uma grande resistência das alas liberais - especialmente no Partido Conservador - acerca da relação custo-benefício gerada pela sustentação de uma guerra que o país estava perdendo. Mesmo com a experiência histórica da década de 1930, muitos políticos no Reino Unido ainda acreditavam que diante de uma rendição negociada do país, Hitler respeitaria e preservaria o que fosse acordado nos termos de paz.


Churchill, além de administrar a realidade do curto prazo, percebia que aquele conflito seria uma Guerra Mundial (de fato), e que seu desenrolar se daria em um horizonte de longo prazo. Esta percepção não se dava simplesmente por uma aposta de Churchill, mas principalmente porque Churchill entendia que o sistema internacional sofrera grandes e profundas mudanças após a Grande Guerra, a partir das quais novos atores centrais se inseriam de forma fundamental na Balança de Poder. A partir desta reflexão, Churchill sabia que atores que ainda estavam, de certa forma, ocultos naquele contexto, cedo ou tarde seriam trazidos para o centro do conflito - mesmo que contra suas vontades. Dessa forma, no longo prazo, era vital que o Reino Unido se mantivesse na guerra, mesmo que em posição defensiva, não apenas para defender e preservar seu modo de vida, sua integridade e sua independência política, mas para tornar viável o reengajamento dos aliados em uma guerra ofensiva contra a Alemanha - a qual, sem aquele território e suas capacidades, ampliadas por meio do Império Britânico, seria impossível. Esta percepção de Churchill pode ser evidenciada em suas constantes articulações com os Estados Unidos, desde os anos 1930, na insistência apresentada por ele no protagonismo americano - inclusive neste discurso de 04 de Junho - e por sua insistência em conservar a mobilização dos aliados e do Império, mesmo que por meio de campanhas de resistência.


Então, diante dessa situação, Churchill organizou um de seus maiores discursos, no qual ele transformou o fracasso da campanha no continente e da evacuação de Dunkirk em um revigoramento das capacidades do Estado Britânico. Sem negar a posição precária do Reino Unido, a perda de capacidade de ação dos aliados, ou qualquer outro aspecto da realidade nefasta que se punha diante do país, Churchill consegue usar este discurso na House of Commons para, de modo sutil: 1) demonstrar que o Reino Unido possuía capacidades materiais e humanas de suportar os futuros ataques da Alemanha, preservando o território nacional; 2) reestruturar uma noção de nação e patriotismo por meio da história comum; 3) evidenciar o caráter de longo-prazo e o grande espectro (guerra mundial) do conflito; e 4) unir o estamento político britânico em torno de uma determinação por esperança e comprometimento.


Como pode ser percebido no seguinte trecho deste discurso, Churchill teve como propósito o estabelecimento de um leve paradoxo no moral Britânico, à medida em que ele consolida uma posição e uma percepção absurdamente realistas, a partir do apelo para um idealismo romantizado, centrado em torno da nação, da coragem e da resiliência:


Retornando mais uma vez, e dessa vez de modo mais geral, à questão da invasão, Eu observaria que nunca houve um período em todos estes séculos dos quais nos ostentamos quando uma absoluta garantia contra uma invasão [...] pudesse ser dada ao nosso povo. Nos dias de Napoleão o mesmo vento que teria carregado seus transportes através do Canal pode ter desviado a frota de bloqueio. Sempre houve a chance, e é esta chance que tem excitado e iludido a imaginação de muitos tiranos continentais. Muitos são os contos que são ditos. Nós fomos assegurados de que novos métodos serão adotados, e quando nós virmos a originalidade da maldade, a ingenuidade da agressão, que nosso inimigo demonstra, nós poderemos certamente nos preparar para todo o tipo de estratagema e todo o tipo de manobra brutal e traiçoeira. Eu penso que nenhuma ideia é tão estranha que não deva ser considerada e vista com uma busca, mas ao mesmo tempo, eu espero, com um olho fixo. Nós nunca devemos nos esquecer das garantias sólidas do poder naval e daquelas que pertencem ao poder aéreo se ele puder ser localmente exercido. Eu tenho, pessoalmente, absoluta confiança de que se todos fizerem sua tarefa, se nada for negligenciado, e se os melhores arranjos forem feitos, como eles estão sendo feitos, nós poderemos nos provar mais uma vez capazes de defender nossa ilha-natal, de superar a tempestade da guerra, e de sobreviver à ameaça da tirania. Se necessário por anos, se necessário, sozinhos. De qualquer forma, isto é o que nós vamos tentar fazer. Essa é a decisão do Governo de Sua Majestade - todos os homens nele. Essa é a vontade do Parlamento e da Nação. O Império Britânico e a República Francesa, ligados por sua causa e sua necessidade, defenderão seu solo nativo até a morte, auxiliando um ao outro como bons companheiros ao máximo de sua força. Mesmo que grandes áreas da Europa e muitos Estados antigos e famosos tenham sucumbido ou possam sucumbir ao punho da Gestapo e de todo o odioso aparato do domínio nazista, nós não enfraqueceremos ou falharemos. Nós iremos até o fim, nós lutaremos na França, nós lutaremos nos mares e oceanos, nós lutaremos com crescente confiança e crescente força no ar, nós defenderemos nossa ilha, a qualquer custo. Nós lutaremos nas praias, nós lutaremos nas áreas de desembarque, nós lutaremos nos campos e nas ruas, nós lutaremos nas colinas; nós nunca nos renderemos. E, mesmo que, o que eu não acredito nem por um momento, essa ilha ou grande parte dela seja subjugada ou esteja morrendo de fome, então nosso Império além dos mares, armado e guarnecido pela Frota Britânica, continuará nossa luta, até que, no bom tempo de Deus, o Novo Mundo, com toda sua força e seu poder, dê um passo adiante em resgate e libertação do velho (INTERNATIONAL CHURCHILL SOCIETY, 2018).

Como pode ser claramente percebido no trecho acima – parte final de seu pronunciamento à House of Commons – Churchill recorre ao imaginário nacional e mistifica a determinação britânica no conflito para demonstrar aos Membros do Parlamento que, mesmo à beira da destruição, a “vitória” interna da evacuação de Dunkirk havia possibilitado ao país o estabelecimento de uma resistência consolidada, atribuindo, ainda, à determinação, ao comprometimento e à perfeição técnica os aspectos determinantes para o sucesso da batalha britânica pela sobrevivência. Além disso, nesse trecho, é possível perceber claramente três aspectos do pensamento de Churchill: seu comprometimento irrevogável e prioritário com a defesa do território nacional - elevando o sucesso da campanha militar a característica essencial para a sobrevivência, ou seja, impondo um objetivo político de valor nacional inestimável e incontornável; sua visão de um conflito de longo-prazo e amplo espectro; e, principalmente, sua crença na inevitabilidade da participação do "novo mundo" - leia-se Estados Unidos - no conflito.


Contudo, embora a persuasão de Churchill e a força de suas ideias e percepções tenham sido indispensáveis para o processo, se isoladas fossem da mudança na realidade provocada pelo sucesso da Operação Dynamo, muito provavelmente surtiriam pouco ou nenhum efeito sobre os atores domésticos da política britânica e, assim, seria muito pouco provável que estas percepções viessem a se consolidar como aspectos essenciais da formulação da Política Externa Britânica. Uma vez que toda a retórica e todas as percepções do Primeiro Ministro foram sustentadas por uma realidade prática, factual e objetiva, estas percepções puderam (de fato) contornar as resistências internas e moldar a política (policy) do Governo Britânico. Do contrário, ou Churchill seria obrigado (a contragosto) a buscar aproximações de paz com Hitler, por mediação de Mussolini, ou seria substituído pelo Parlamento ou pelo Partido Conservador em uma moção de não-confiança.

Portanto, o discurso de 04 de Junho de 1940 se constitui como o discurso mais relevante do período, uma vez que – sustentado pela recuperação da BEF – possibilitou a consolidação da Política Externa de Churchill como Política de Estado. Assim, o Reino Unido optou por continuar em guerra com a Alemanha e por rechaçar quaisquer proposições de encerramento de hostilidades que não resultassem na vitória sobre o regime nazista; determinando, assim, o início de uma segunda fase na guerra: uma guerra total; em substituição àquela primeira fase do conflito iniciada por Chamberlain: uma guerra limitada. A partir deste momento, todo o país passa a ter a ciência de que, de modo quase imediato, o Reino Unido passaria a enfrentar, diariamente, uma série de ataques aéreos executados pela Luftwaffe, além de uma incessante campanha nazista para a invasão do território britânico.

Porém, apesar de o Governo Britânico ter abandonado timidamente a filosofia desarmamentista, desde 1938, as capacidades bélicas do Reino Unido ainda estavam em situação de inferioridade - principalmente após a conquista da Europa Continental pela Alemanha. Para resistir a tais hostilidades, e uma vez que a guerra, pela primeira vez, atingiria o território nacional, foi necessário que todo o país, em todos os setores e todas as regiões, se voltasse para a sustentação da guerra - configurando, além de uma guerra de caráter ilimitado (até o fim), uma guerra total. Assim, Churchill inicia quase que imediatamente a conversão de toda a capacidade nacional para o esforço de guerra, buscando aprimorar (rapidamente) os números e a qualidade das forças de defesa - com ênfase especial na Royal Air Force.

Uma vez que a Royal Navy detinha o controle quase que absoluto do espaço marítimo no Canal Inglês, no Mar do Norte e no Mediterrâneo, perturbado quase que exclusivamente pela ação de submarinos alemães, e que não existiria plataforma de acesso ao território nacional por terra, o Governo de Sua Majestade sabia que para que pudessem ter alguma chance de sucesso em uma potencial invasão, as forças nazistas precisariam de um elemento crucial: a Superioridade Aérea no entorno das ilhas britânicas e, sobretudo, na região do Estreito de Dover – a sudeste de Londres. Logo, a defesa aérea - setor de grande superioridade das forças britânicas - foi elencada como prioridade máxima no interesse nacional, e o Reino Unido começou uma rotina de produção em massa de aeronaves e munições – a exemplo dos famosos Spitfires e dos numerosos Hurricanes – para que, com auxílio das tecnologias britânicas de estado-da-arte em radares, a frota aérea do Reino Unido pudesse estar sempre apta a negar o acesso aéreo à Luftwaffe e manter o domínio de espaços aéreos-chave para a defesa do Canal e do território nacional.



[1] Pelos termos do acordo de neutralidade assinado pelos Estados Unidos e ratificado pelo congresso em 1939, os americanos se encontravam formalmente impossibilitados de fornecer qualquer auxílio ao esforço de guerra, para qualquer um dos lados.

 


LINKS DO DISCURSO NA ÍNTEGRA

https://www.thetimes.co.uk/tto/archive/frame/article/1940-06-05/6/1.html (Repercussão do Discurso - Jornal The Times 05 de Junho de 1940)

https://youtu.be/skrdyoabmgA (Discurso no Filme O Destino de uma Nação)


REFERÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES DE LEITURA


CLAUSEWITZ, Carl von. ON WAR. Index Edition. Princeton: Princeton University Press, 1989. 732p. Editado e Traduzido por Michael Howard e Peter Paret.


CHURCHILL, Sir Winston. Memórias da Segunda Guerra Mundial - Volume 1 (1919-1941). 1 ed. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2017. 544 p. Tradução de Vera Ribeiro.


COWLING, Maurice. The Impact of Hitler: British Politics and British Policy 1933-1940. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. 576 p.


GILBERT, Martin. A Segunda Guerra Mundial: Os 2.174 Dias que Mudaram o Mundo. 1 ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2014. 976 p. Tradução de Ana Luísa Faria e Miguel Serras Pereira.


INTERNATIONAL CHURCHILL SOCIETY. We Shall Fight on the Beaches: June 4, 1940. CHURCHILL apud INTERNATIONAL CHURCHILL SOCIETY. 2018. Disponível em: <https://winstonchurchill.org/resources/speeches/1940-the-finest-hour/we-shall-fight-on-the-beaches/ >. Acesso em: 04 de setembro de 2018.


JOHNSON, Boris. O Fator Churchill: Como um Homem fez História. 1 ed. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2015. 461 p. Tradução: Renato Marques.


LUKACS, John. Cinco Dias em Londres: Negociações que Mudaram o Rumo da II Guerra. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. 217 p. Tradução de Teresa Resende Costa.


MANCHESTER, William; REID, Paul. The Last Lion - Winston Spencer Churchill: Defender of The Realm, 1940-1965. New York: Bantam Books Trade Paperbacks, 2013. 1182 p.


SONDERMANN, Ricardo. Churchill e a Ciência por Trás dos Discursos: Como Palavras se Transformam em Armas. São Paulo: LVM Editora, 2018. 448 p. Editor Responsável: Alex Catharino.


THE TIMES. Mr. Churchill Surveys the War: a "Miracle of Deliverance" is not a Vicrory -Tribute to the Young Airmen - The Allies Will Never Own Defeat. The Times, Londres, p. 6, 05 de Junho de 1940. Disponível em The Times Archive - Subscriber Premium Content: <https://www.thetimes.co.uk/tto/archive/frame/article/1940-06-05/6/1.html>. Acesso em: 15 de maio de 2019.


 

Marcus L L Chagas é Bacharel em Relações Internacionais pela PUC-MG, estudioso e pesquisador de Política Internacional, com ênfase em Política Britânica, História Geral e Distribuição Internacional de Poder. É membro-associado da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra - Delegacia do Estado de Minas Gerais (ADESG-MG).


7.089 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


SIGN UP AND STAY UPDATED!

Thanks for submitting!

  • Grey Twitter Icon
  • Grey LinkedIn Icon
  • Grey Facebook Icon

© 2023 by Talking Business.  Proudly created with Wix.com

bottom of page